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domingo, 17 de junho de 2012

MOSTRA DE CIENCIAS - 2012

Dia 16-06-2012, mais uma mostra de ciências e dia de ação social, organizados pelo Centro Educacional e Social Nossa S. Consolata e a Pastora Social da comunidade de Santa Luzia. Evento que, anualmente, se realiza. Varias atividades são destinadas ao publico, como aferição de pressao arterial, teste de glicemia, vacinação e os trabalhos relacionados ao tema da campanha da fraternidade, elaborados pelos alunos e professores e pais. Neste ano o Tema foi Solidariedade e saúde pública. Cada turma apresentou uma atividade, envolvendo o tema.E, no final da mostra, foi servido o tradicional sopão feito pela equipe da pastoral, com muito tempero e "glamour". Abaixo as fotos.

domingo, 13 de maio de 2012

MISSA E CAFÉ DA MANHÃ EM HOMENAGEM ÀS MÃES DO CONSOLATA

Como já é de costume, mais um ano o Centro Educacional e Social Nossa Senhora Consolata realizou um dia especial às mães, iniciando com uma missa, onde aconteceram vários momentos dedicados a elas (mães), como musicas, dedicatórias etc. Em seguida fora realizado um belo café da manhã e a entrega das lembranças confeccionados pelos próprios alunos. Foi um momento muito agradável e importante. Parabéns às mães do Consolata e a todas as mães

BIENAL DE LIVROS - MANAUS - DIANA PINHEIRO

No dia 03 de maio de 2012, os alunos da escola estadual Prof. Diana Pinheiro, juntamente com alguns professores, foram prestigiar um dos maiores eventos culturais/educativos que já aconteceu aqui em Manaus - A 1ª Bienal do Livro, no Studio 5. Houve um contratempo: o horário da visita estava marcado para as 10:30, mas os ônibus chegaram ao colégio mais de meio-dia, ainda caiu uma chuva forte, contudo não desanimou a ninguém. Senti um "espírito Fernando Pessoa" nos alunos ("Tudo vale à pena se a alma não é pequena"). Estavam ansiosos para prestigiar o evento. Todos, diga-se de passagem, estão de parabéns pelo "comportamento" durante o passeio, desde a saída até o regresso. Ao chegarmos ao Studio 5, havia muitos alunos de outras escolas pa a visita da Bienal. Dentre muitas coisas a se fazer no evento, como ler trechos de obras, conhecer escritores locais, ter um vale de R$25 para se gastar com livros, os alunos ainda puderam encontrar alguns amigos de outras escolas e "bater um papo" agradável sobre tudo aquilo. Foi uma tarde que, creio eu, ficará na memória de todos os alunos que participaram desse tão importante evento, pois cada aluno pôde perceber que a LEITURA pode, sim, ser uma coisa prazerosa, gratificante. E isso cada um percebeu, ao gastar seus R$25. Foi um grande incentivo do governo. Eis que se pode falar, foi algo glorioso para o avanço de uma sociedade (local) começar o hábito de leitura. Parabenizo a Gestora da Escola Diana Pinheiro, pois dedicou todos os esforços para que a visita fosse um sucesso, como o foi. Abraço a todos os profesores e alunos. P.S. Já estamos no aguardo da próxima bienal!

domingo, 18 de março de 2012

desINFORMAÇÃO - Pré-bienal com Di Cavalcanti


Era para ser um fim de semana encerrado com chave de ouro. Um jornal informava a Pré-bienal, com exposição de obras do pintor Di Cavalcante, no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, no dia 16 de março. Ao ler a matéria, tentei logo de entrar em contato com o local do evento, por meio de um telefone que estava no rodapé da matéria lida. No entanto, não tive sucesso, liguei inúmeras vezes, e ninguém atendeu. Não podia me intimidar com isso. Reslovi ir direto ao Centro Cultural, local da exposição. Primeiro tive que enfrentar um de fim de tarde em Manaus, horário de pico, todos sabem como é um caos. Contudo cheguei a tempo, por volta da 17h. A tarde estava nublada, fria, pois já havia chovido bastante. Receava de que pudesse cahover novamente. Mas aquilo foi só uma mera preocupação, minha ânsia superava tal adversidade que poderia vir.
Ao chegar às dependências do Centro Cultural, já tive um impacto negativo. Não vi movimento algum do público que iria visitar a exposição de Di Cavalcante. Quase atônito, dirigi-me à portaria que dava acesso ao salão de exposição. Um segurança fazia palavras-cruzadas, outros se preparavam para deixar o trabalho. Perguntei onde estava sendo expostas as obras de Di. Sem rodeios o segurança me responde que não havia exposição alguma. Tive que mostrar o jornal que levava na minha mochila para ele conferir a matéria, portando o evento em detalhes. Ele, com ar sombrio falara que a exposição só aconteceria no final do mês. Percebi que ele até foi um pouco sarcástico, minuciosamente. Mas não quis me prolongar, pois não adiantaria nada me irritar.
Isso me deixou em angústia, o fato de uma desINFORMAÇÃO nos deixar perplexos, ludibriados. Como se ficássemos tolidos diante de uma situação. Fato danoso, mesmo, pois nesse contexto globalizado, as informações chegam a mil, e somos levados a acompanhá-las sem questioná-las. E quando ocorre um erro brutal como esse, causa um efeito dominó.
Venho solicitar simplesmente um retratamento do jornal que lançou a matéria, que se retrate com seu público leitor. Fica um ar de incompetência com o jornal, e uma descredibilidade dos seus leitores.
Se vivemos em um mundo moderno, então façamos as coisas modernas sairem bem feitas, para não mais causar constrangimentos às pessoas, e assim as INFORMAÇÕES não acumulem mais o prefixo DES...(desconfiança à parte)

sábado, 25 de fevereiro de 2012

MARACUJÁ DO MATO


MARACUJÁ DO MATO

Diz-se que nessa cidadezinha, há algum tempo, quando o progresso ainda não havia se instalado ali, havia muito verde, mata virgem. E era facilmente encontrar nas matas uma parte do sustento familiar, como ingás, tucumãs, mari-mari, maracujá do mato etc. Dessa forma os moradores viviam despreocupados com o que se alimentar. O rio era farto, bastava pegar uma canoinha equipada com tarrafas, malhadeiras ou até mesmo uma linha e anzol que certamente a refeição viria. Isso era fato. Muita gente, além de tirar seu sustento das matas, ainda aproveitava para comercializar alguns frutos.
Timbirica vivia dessa vida, extraindo das matas o pão de cada dia. Homem forte, trabalhador, contava seus 23 anos, chegara nessa cidade para trabalhar na roça, assim ganhar algum dinheiro e construir sua casinha. E não parava de trabalhar. Saía para o trabalho diário ainda no escuro, antes do alvorecer. Machado no ombro, mochila às costas com algum pão, água e uma minúscula garrafa de café. Lá se ia Timbirica para mais uma jornada de trabalho árduo.
Esse era apenas um exemplo de um trabalhador que ganhava o seu sustento, plantando roça e extraindo frutos oriundos das matas. Sabe-se que como Timbirica, viveram, ou vivem até hoje por lá, homens que, puramente, tinham uma grande ligação com a natureza, explorando-a com respeito.
Hoje, com o progresso assustador – máquinas computadorizadas, velocidade, globalização – o homem perdeu a ligação com as matas, com o próprio homem. E isso vem se massificando a tal ponto de o homem explorar de forma terrorista outro homem, este homem que, já distante daquela vida de outrora, já perdeu quase as esperanças de dias melhores.
E nesta cidadezinha, a qual não para de “crescer”, há umas duas décadas sofreu uma transformação econômica de dar inveja a muitas cidadezinhas espalhadas por este norte amazônico. Com a riqueza vinda dos royalties do petróleo e do gás natural, o homem, definitivamente, engendrou uma guerra de poder político. A ambição tomou conta de todos que chegam ao cargo político majoritário – o de prefeito.
Dessa forma, o povo vem sofrendo as consequências desse progresso DESorganizado. A qualquer custo o homem quer construir, alimentar-se, divertir-se (modernamente com jogos eletrônicos, ter acesso à internet, possuir aparelhos de som e TV de LCD ou LED...)
Timbirica sumiu, ninguém sabe para onde foi. Assim como muitos outros que não tiveram oportunidades naquele lugar. Ou voltaram para seus lugares de origem ou levam uma vida na miséria, sobrevivendo a cada dia. Já não se vê mais um maracujá do mato, fruta esta que se extraia das matas. Era comum meninos, homens e mulheres carregando sacas e mais sacas deste fruto tão apreciado. Hoje infelizmente não há mais sinal dele. Muitas crianças, hoje, não sabem o que é um maracujá do mato.
Será que este advento tecnológico, revestido do progresso ainda continuará extinguindo tantas coisas de um passado belo? Há algum tempo aportei naquela cidadezinha para rever amigos e familiares, também para recordar muitos lugares pitorescos com amigos, por onde andava o que via eram cinzas deixadas por predadores que fazem dessa nova terra seu próprio sustento, seu viveiro. Havia lugares genuinamente aprazíveis, de dar orgulho, como praias, igarapés. Lembro-me de um igarapé, conhecido por todos como igarapé do Nambu, onde as famílias comumente se reuniam nos fins de semana para se divertir, levar seus filhos para nadar nas águas límpidas, brincar de pipas nas praias, jogar bola ou até mesmo passear de canoa.
Espantei-me ao ver aquele lugar devorado por muitas casas de palafitas, não há mais aquela praia nem tampouco um rio salubre onde se possa nadar. Pasmado, pensei na devastação que todo progresso causa. Será que o moderno, o avançado tem que engolir as coisas boas do passado? O mal maior é que a nova geração não se atenta para as perdas de valores, deixando levar-se por um mundo tecnológico, globalizado que deixa muitas pessoas alienadas; ou seja, as pessoas, massivamente, absorvem culturas impostas, já não se constrói mais, o dinheiro pode comprar a diversão, a cultura, o entretenimento. Diferentemente de outrora que era quase obrigatório construir tudo isso, todos os valores sociais.
A perplexidade da vida vem se agigantando diante de todas essas transgressões do homem diante à natureza. Sinto-me corroído com tudo isso, com a devastação do verde, a extinção do maracujá do mato, a deflagração do espírito humano.
Não encontramos mais alguém que venda, naquela cidadezinha, maracujá do mato. Sumiu mesmo. É cuidar para que outras espécies não sumam assim também. Que venha o progresso, mas que seja de modo racional, cuidadoso, unindo o passado ao presente e, assim, valorizar nossa própria vida e a vida de outras gerações vindouras.
(LIMA, Augusto Dário, Manaus-AM, 20 de Fevereiro de 2012)