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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Política

Amigos leitores, foi mister publicar o texto "Se os tubarões fossem homens", de Bertold Brecht, devido ao ridículo e atroz momento político em que vivemos, respiramos e naufragamos; assim, resta a quem tem um olho bom e uma boca sedenta exasperar-se a toda essa ridicularidade.


Se os tubarões fossem homens
por Bertold Brecht


Se os tubarões fossem homens, perguntou a filha de sua senhoria ao senhor K., seriam eles mais amáveis para com os peixinhos? Certamente, respondeu o Sr. K. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal quanto vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adoptariam

todas as medidas sanitárias adequadas. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, ser-lhe-ia imediatamente aplicado um curativo para que não morresse antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem melancólicos haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar alegremente em direcção à goela dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar. O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam rejeitar toda tendência baixa, materialista, egoísta e marxista, e denunciar imediatamente aos tubarões aqueles que apresentassem tais tendências. Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, proclamariam, são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não se podem entender entre si. Cada peixinho que matasse alguns outros na guerra, os inimigos que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia uma comenda de herói. Se os tubarões fossem homens também haveria arte entre eles, naturalmente. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores magníficas, e as suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos a nadarem com entusiasmo rumo às gargantas dos tubarões. E a música seria tão bela que, sob os seus acordes, todos os peixinhos, como orquestra afinada, a sonhar, embalados nos pensamentos mais sublimes, precipitar-se-iam nas goelas dos tubarões. Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa no paraíso, ou seja, na barriga dos tubarões. Se os tubarões fossem homens também acabaria a ideia de que todos os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores até poderiam comer os menores. Isso seria agradável para os tubarões, pois eles, mais frequentemente, teriam bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores detentores de cargos, cuidariam da ordem interna entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, polícias, construtores de gaiolas, etc. Em suma, se os tubarões fossem homens haveria uma civilização no mar.
Este conto encontra-se em http://resistir.info/ .

terça-feira, 9 de setembro de 2008

APARTHEID

Saiba um pouco sobre o Apartheid

Apartheid foi uma política de segregação racial desenvolvida na África do Sul, elaborada pela descendência direta dos pioneiros que colonizaram o continente africano, sobretudo europeus, dos quais se destacam os holandeses, franceses e alemães, denominados de africânderes. O processo de segregação racial na África do Sul teve início ainda no século XVII. Os colonizadores europeus tinham uma concepção de que iriam criar uma sociedade perfeita, e além disso, acreditavam que eram escolhidos por Deus. Desta forma, passaram a colocar em prática a separação entre brancos e negros, separação esta que durou até a década de 90. Em 1948, o Apartheid (segregação) se tornou oficial. Conforme a lei, todos os itens deixavam explícitas as restrições aos negros, com intuito de favorecer a minoria branca. A lei era calcada no princípio da conservação e pureza cultural, pois os europeus julgavam sua raça superior. Dentre as restrições impostas pelos brancos aos negros, estão o não acesso ao voto e a proibição de se candidatarem a cargos públicos. Esse contexto de puro preconceito sofreu alterações somente na década de 50, motivadas pelo Congresso Nacional Africano (CNA) e lideradas por Nelson Mandela, o qual promoveu uma ofensiva para ir contra as imposições preconceituosas da minoria branca. No ano de 1960 foi realizada uma manifestação contra o Apartheid de forma pacífica, no entanto, a mesma não impediu que 60 negros fossem mortos pela polícia. A notícia da violência praticada contra os negros ganhou o mundo, dessa forma conquistaram o apoio da opinião pública mundial. Em 1973, a Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) condenou as atitudes que ocorriam na África do Sul e as classificaram como crime. Através das pressões por parte dos negros segregados e também o embargo econômico implantado pelo governo norte-americano em 1986, o então presidente Frederik de Klerk alterou as leis que restringia a participação negra e reformulou em sua totalidade sua essência racista, contudo a extinção do Apartheid teve fim somente em 1994, quando Nelson Mandela alcançou a presidência.

*Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia Equipe Brasil Escola

Curiosidades - Geografia - Brasil Escola

Educação

Feira de Língua Portuguesa - Esc. Est. Luís Vaz de Camôes, MAnaus-Am

Em Junho de 2008, os alunos da escola estadual Luís Vaz de Camões, sob orientação do profesor de língua portuguesa, Dário, organizaram uma exposição, como cumprimento de uma etapa para As Olimpíadas de Língua Portuguesa, na qual todos escreveriam textos de mémoria. A exposição serviu de base para a construção dos textos. Vários alunos apresentaram objetos antigos. Comentaram sobre eles. A quem pertenciam e quanto tempo existiam. Alguns objetos apresentados já se tornaram obsoletos, como discos de vinil e ferro a carvão, por exemplo. Após esta etapa, trabalhamos em sala de aula, na produção dos textos . Os alunos, primeiramente, pesquisaram em casa, ou na vizinhança a respeito da vida de pessoas mais velhas. Depois da pesquisa concluída, foi a hora da produção. De vários textos produzidos, o escolhido foi o da aluna Kerolany Gonzaga(na foto, ao lado do professor). A mesma produziu um texto que narrava a vida de uma senhora que nasceu no interior e trouxe a família para a cidade. Assim, foi válido esse trabalho, pois despertou o interesse pela produção de textos desse gênero.


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Nepotismo



Nepotismo
Nepotismo (do latim nepos, neto ou descendente) é o termo utilizado para designar o favorecimento de parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos.
Originalmente a palavra aplicava-se exclusivamente ao âmbito das relações do papa com seus parentes, mas atualmente é utilizado como sinônimo da concessão de privilégios ou cargos a parentes no funcionalismo público. Distingue-se do favoritismo simples, que não implica relações familiares com o favorecido.
Nepotismo ocorre quando, por exemplo, um funcionário é promovido por ter relações de parentesco com aquele que o promove, havendo pessoas mais qualificadas e mais merecedoras da promoção. Alguns biólogos sustentam que o nepotismo pode ser instintivo, uma maneira de seleção familiar. Parentes próximos possuem genes compartilhados e protegê-los seria uma forma de garantir que os genes do próprio individuo tenha uma oportunidade a mais de sobreviver. Um grande nepotista foi Napoleão Bonaparte. Em 1809, 3 de seus irmãos eram reis de países ocupados por seu exército.
Outro exemplo (menos usual) ocorre quando, alguém é acusado de fazer fama, às custas de algum parente já famoso (especialmente, se for o pai, a mãe, ou algum tio ou avô). Por exemplo: Wanessa Camargo como filha de Zezé Di Camargo, Pedro e Thiago como filhos de Leandro e Leonardo, o KLB como filhos do ex-baixista e atual empresário musical Franco Scornavacca, Preta Gil como filha do cantor e ministro da cultura Gilberto Gil, etc.

Agora que estamos prestes a ir às urnas, é parar para não depositar, ou seja, digitar uma punhalada de nepotismo. Pensemos!

Fila de banco


Dá-se um milhão para quem gosta de fila de banco. Não vale mentir. Nunca vi alguém dizer que fila de banco é terapia para a alma, para testar a paciência. Refuto qualquer idéia de que fila de banco é legal. Fila de banco é um "saco". Ainda mais quando chega a hora de um dos caixas se ausentar. A hora do almoço é outro problema. Cadê os caixas? Que horror, estava chegando o momento de um senhor ser atendido, quando chega um homem de terno e gravata, furando a fila. A gritaria é geral. O gerente tenta acalmar. Nisso já bagunçaram a ordem da fila. Chega um policial para controlar a bagunça. Recomeça tudo. Agora inventaram uma lei de responsabilidade dos bancos relacionada ao tempo, vejamos o que diz a lei:
Banco que deixar os correntistas na fila por mais de quinze minutos tem de pagar uma multa de 564 reais. O valor dobra se houver reincidência. Às vésperas e depois de feriados prolongados, o tempo de espera nas filas pode chegar a 25 minutos e, em dia de pagamento de funcionários públicos, trinta minutos.
O problema é que banco nenhum respeita isso. Passei mais de uma hora na fila de um banco, angustiado. Liguei para o Procon, mas ninguém atendeu. Outra pessoa também telefonou várias vezes, mas não obteve sucesso. Também não sei se era devido ser a hora do almoço. Ih, hora de almoço, essa hora é terrível. Nunca mais irei ao banco nese horário. Todo mundo some.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008




Cotas para negros nas universidades: você é a favor ou contra?
Poucas iniciativas governamentais têm criado tanta polêmica como esta. A implantação do sistema de cotas para afrodescendentes e negros tem produzido manifestações inflamadas e completamente antagônicas. Há os que sustentam as cotas como o início da eliminação de diferenças históricas entre negros e brancos. Há os que dizem que a medida é absurda, pois discrimina ainda mais o negro, fingindo integrá-lo. Outros acham que as cotas devem seguir apenas critério econômico, e não racial. Há também os que acham que não deve haver cota, só o mérito pessoal dos candidatos. Como você se posiciona nesta polêmica?



Fonte: Uol, educação. banco de redações.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Paradoxo manauara

Paradoxo manaura

Manaus, capital do luxo e da pobreza, dos ricos e miseráveis. Ainda é muito comum avistarmos cenas como estas acima. O que fazer para sanar esse grave problema que se prolonga por muitas décadas? Sabe-se lá quem construiu esse luxo ao fundo não mora nessas favelas (diga-se de passagem, essas palafitas são piores que as favelas do Rio de Janeiro). Enquanto muitos políticos esbanjam dinheiro público, essas famílias não tem o mínimo de dignidade para viver, alimentar-se, divertir-se, opa, talvez tenham... diversão é caso que os políticos conseguem, pois através desse artifício manipulam essas pobres famílias. Aí, então, "Oba, chegou a hora do programa daquele que esculacha com os galerosos, que diz que vai nos ajudar assim que puder, e se Deus quiser. Vamos esperar, legal. Eles nos darão uma cesta básica. Até quando durará os alimentos? - Ih, não sei. Assim que acabar, voltaremos lá... Isso. Dese jeito não morreremos de fome, nem nossos filhos". É um colapso tudo isso. Deixamos para trás os nossos valores morais e éticos quando nos sujeitamos a termos uma rotina de pedintes. Esse é o exemplo que nossos filhos têm? O que fazer para sair desses entulhos? Dessas "favelascas". Até quando pensaremos por nós mesmos e sairemos dessa situação? Eta paradoxo manaura!